Segurelha: planta medicinal e tempero diferenciado; conheça benefícios

As propriedades digestiva e de combate aos gases intestinais são conhecidas pelos romanos desde o império. Acredita-se que foram eles os primeiros a reconhecer os benefícios medicinais da Segurelha. Vem comigo que tem muito mais!

A Segurelha conta ainda com as ações adstringente, afrodisíaca, analgésica, estimulante, fungicida, tônica, antisséptica, antiviral e antidiarreica.

Seu nome científico é Satureja montana, uma planta conhecida popularmente como Segurelha de inverno ou alfavaca-do-campo. Famosa enquanto remédio caseiro para complicações gastrointestinais, ela também ajuda a aumentar o apetite – e é condimento!

Muito aromática, o gosto da Segurelha é suavemente picante, semelhante ao do tomilho, proporcionando tempero especial principalmente para peixes e aves, entre outras carnes, além de feijões, saladas e molhos.

Aliás, ela ganhou até o apelido de “erva do feijão” nos Estados Unidos, chegando por lá com os primeiros colonos. Isso depois de conquistar ainda mais admiradores na Idade Média, quando foi usada da mesma maneira que os antigos romanos faziam.

Os benefícios medicinais atribuídos ao chá de Segurelha, por exemplo, incluem alívio de dor na garganta, função expectorante, prevenção de cólicas; combate a problemas como inflamações das vias respiratórias, otite, estomatite, vaginite, gastroenterite aguda, micoses, indisposições digestivas e queimaduras leves.

Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.


 

Segurelha: características, curiosidades e dicas de plantio

A Segurelha apresenta folhas finas terminadas em pontas e pequenas flores brancas ou rosadas; pode chegar a 30 cm de altura.

Na verdade, como ocorre com diversas plantas, o nome Segurelha é, na prática, associado a várias espécies do gênero Satureja. Estas ervas são utilizadas como medicinais, tempero e, às vezes, ornamentais de jardins. No último caso, são ótimos alimentos para as abelhas, naturalmente atraídas por elas.

Em geral, as mais cultivadas – e conhecidas como remédio natural e tempero – são a Satureja hortensis (segurelha das hortas ou segurelha-dos-jardins) e a Satureja montana (segurelha da montanha).

A primeira é mais apreciada devido seu sabor delicado, sendo considerada perfeita para praticamente qualquer tipo de receita. A segunda tem um gosto mais forte, e é recomendada para sopas, peixes, carnes e, claro, preparos à base de feijão.

O bom é que, se você pretende criar um cantinho verde em casa, a Segurelha pode ser cultivada com facilidade em vasos e jardineiras.

Normalmente, ela cresce melhor em locais com temperatura entre 7°C a 26°C e em solo com pH na faixa de 6,7 a 7,3. Ele precisa ser leve, bem-drenado e moderadamente fértil, apesar de a Segurelha nascer até em solos pobres. Outro cuidado com a planta é que ela requer alta luminosidade: pelo menos 5 horas de luz solar direta todos os dias.

O plantio da Segurelha varia conforme a espécie. Pode ser a partir de sementes (Satureja hortensis) ou através de estaquia, divisão de plantas ou sementes (Satureja montana).

Você pode semear diretamente no local definitivo ou usando sementeiras (se não tiver, pode ser copinho de papel-jornal ou vaso pequeno), lembrando de transplantar a muda de 4 a 7 semanas após a germinação. Esta acontece de uma a três semanas, mas pode demorar um pouco mais.

Um detalhe importante: as sementes de Segurelha são pequenas, portanto, devem ser colocadas na superfície do solo, cobertas, no máximo, por uma fina camada de terra peneirada ou serragem.

Ah! Não pode esquecer de manter a irrigação frequente, deixando o solo levemente úmido na fase jovem da planta. Quando ela estiver maior, se a temperatura não estiver muito alta, é possível deixar o solo secar superficialmente entre uma rega e outra.

E, assim, você poderá ter a Segurelha sempre à mão para desfrutar de todos os potenciais culinários e terapêuticos dela. Aproveite!

Até o próximo artigo…

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