Espinafre Malabar, também chamado de bertalha rubra, é uma planta que oferece flores suculentas e folhas em intenso tom verde-escuro. O artigo de hoje traz muito mais sobre essa trepadeira graciosa. Vamos lá!
A bertalha rubra faz parte da família das Baselaceas. Sua origem é, provavelmente, do sudeste asiático. Essa planta rústica cresce rapidamente e está sempre florida, elegantemente apoiada em caules em tom de vinho. Só que existem outros tipos dela, como mostrarei depois.
Atualmente, a bertalha é cultivada na Índia, Malásia e Filipinas, e encontrada em toda a América do Sul, Caribe e África tropical.
O sabor das folhas de Espinafre Malabar parece com o do espinafre e da beterraba. Diferentemente da espécie branca, a bertalha rubra fornece altos teores de ferro e vitaminas A e C.
O vegetal é muito popular especialmente no Sudeste brasileiro, principalmente em hortas caseiras no Rio de Janeiro. E o ideal é que suas sementes sejam plantadas próximas a cercas e treliças, para que o Espinafre Malabar possa crescer – chegando a medir até três metros.
Apesar de o nome sugerir parentesco com o espinafre verdadeiro, a ligação não existe entre o Espinafre Malabar e o Spinacia oleracea L., que é integrante da família Chenopodiaceae.
Por causa da semelhança entre as folhas das duas espécies, surgiu o nome Espinafre Malabar (em inglês, malabar spinach), também chamado de espinafre africano, espinafre indiano ou espinafre do Ceilão.
As sementes germinam depois de 25 dias de plantio, de preferência em solo sempre úmido protegido por folhas e na meia-sombra; com chuvas abundantes, bem-distribuídas o ano todo e temperaturas elevadas. Mas é uma cultura adaptada a vários climas e solos.
No Brasil, as folhas gordinhas, macias e ligeiramente visguentas fazem sucesso entre os fãs de um sabor rústico de mato, sem amargar muito ou ter toque picante.
É um gosto marcante, porém, singelo. Ao serem cortados e mastigados, talos e folhas revelam uma característica mucilaginosa, quase como o quiabo. Por isso, para muitos, o Espinafre Malabar lembra mais a beldroega ou a ora-pro-nóbis do que o espinafre verdadeiro.
O tipo de bertalha mais comum no país é o alba (Basella alba), com flores brancas, folhagem, galhos e hastes verdes. Suas folhas são grandes, grossas, levemente rugosas, firmes, brilhantes, tenras e suculentas.
Existem mais duas espécies: a Basella rubra com flores rubras, hastes, nervuras e pecíolos avermelhados, e a Basella cordifolia, com grandes folhas verdes em formato de coração.
Espinafre Malabar: prepare agora mesmo!
As folhas cruas e crocantes do Espinafre Malabar são perfeitas para saladas. No entanto, a maneira mais usual de consumo é o refogamento ou cozimento delas, junto com outros vegetais, inclusive.
Sopas, suflês, bolinhos e cremes ficam deliciosos com a bertalha. Mas, antes de adicionar a planta a qualquer prato, é recomendado escaldá-la, para retirar o excesso de oxalato de cálcio, responsável pela sensação de pinicamento na língua.
Escalde o Espinafre Malabar e despreze a água deste processo, pois oxalatos inibem a absorção de cálcio e ferro e, portanto, podem ser prejudiciais para quem tende a formar cálculos renais a partir deles.
Essa planta rústica e duradoura pode ser encontrada praticamente durante todo o verão, ao contrário de outras folhas. Uma característica que faz dela uma excelente alternativa alimentar, especialmente em localidades mais carentes em que falta vitamina A. A folha verde-escuro do Espinafre Malabar é rica em betacaroteno, uma pró-vitamina A.
Quer refogar o Espinafre Malabar? Junte as folhas e galhos mais tenros, acrescente água fervente salgada e deixe o vegetal cozinhar por um minuto.
Em seguida, escorra; na frigideira, doure alho em azeite; finalize refogando rapidamente as folhas. Se preferir, frite bacon ou ovos (como mostro na foto principal) junto com o alho. É a dica para um prato rápido.
Vale a pena também servir seu Espinafre Malabar com uma deliciosa carne assada. Pode ser até a de porco. A combinação é apetitosa! Hum… deu água na boca…
Boa refeição!
Até breve…
