Ela é encontrada em várias partes do planeta, fazendo parte da farmácia caseira de diversos povos. A Vinca ou Catharanthus roseus é uma planta rústica com origem em Madagascar. Hoje você vai saber para que ela serve. Um dos usos é em remédios contra o câncer. Veja os detalhes!
Plantada em larga escala no mundo todo, a Vinca está presente em quase todas as regiões do Brasil. Também é chamada de maria-sem-vergonha, Vinca de gato, boa-noite e Vinca de Madagascar.
Na medicina popular, é consumida em forma de chá para ajudar no controle da pressão arterial, diabetes, hemorragias e tratamento de feridas. Já a versão macerada de suas folhas é usada em países como a Índia para aliviar picadas de vespas.
Suas propriedades incluem as ações diurética, cicatrizante, anticancerígena e hipoglicemiante, graças a compostos ativos como vindesina, vimblastina e vincristina.
Estas substâncias são aproveitas inclusive na produção de medicamentos contra leucemia e outros tipos de cânceres. Mas a planta é destaque na indústria farmacêutica por fazer parte da composição de vários outros remédios.
Os alcaloides encontrados na Vinca são amplamente pesquisados pela comunidade científica por causa da eficácia deles no combate a enfermidades distintas, tais como diabetes e malária.
O que dificulta os estudos é o caro processo de extração dos componentes químicos da Vinca. Para você te uma ideia, isolar 1 g de vimblastina, por exemplo, requer nada mais nada menos do que 500 quilos de folhas. Então, a produção da planta vem tentando ser otimizada em laboratório por especialistas, na intenção de impulsionar as pesquisas.
Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.
Importante: a Vinca é considerada erva alucinógena, devendo ser administrada com cautela para evitar transtornos decorrentes da ingestão de seu chá.
Na verdade, a Vinca de Madagascar é muito tóxica e não deve ser consumida. Seu cultivo comercial hoje é destinado à extração dos alcaloides vimblastina e vincristina. Estas substâncias são usadas na composição de quimioterápicos principalmente para leucemia e linfoma de Hodgkin.
Vinca: características e curiosidades
Vinca é uma espécie que geralmente alcança até 80 cm de altura, sendo pouco exigente em relação ao solo. De ciclo perene, resiste bem a estiagens e tolera temperaturas altas. É basicamente tropical, porém, tolera climas subtropicais e amenos, contanto que a temperatura não fique abaixo e 5º C e o clima não seja quente e úmido.
Apresenta flores pequenas, com no máximo 5 cm, de diversas cores – alaranjadas, amarelas, brancas, azuis, rosadas, vermelhas ou roxas, além de folhas ovaladas, lustrosas, em tom verde brilhante. As flores de Vinca contam com cinco pétalas e halo, um pequeno círculo colorido no centro. Normalmente, são cor-de-rosa, mas podem variar de branco a rosa escuro.
Sua propagação é por sementes ou mudas. É uma planta muito ramificada, e de suas hastes pendem folhas em formato de elipse cheias de nervuras aparentes, ajudando a compor a ornamentação do arbusto. O crescimento tende a ser rápido e a adaptação dela é boa às jardineiras, trilhas, canteiros, praças, áreas verdes em chácaras e prédios.
Também é comum nos quintais de casas de roça, vasos de residências e bordaduras, embora sempre tenha contado com fama de venenosa. Talvez seja porque, além de bela, é fácil de cuidar e bastante durável.
Versátil, a Vinca é uma das queridinhas dos paisagistas urbanos que buscam volume e floradas praticamente o ano inteiro. Encantadora, prática e com propriedades medicinais. Assim é a Vinca. Como você viu hoje, dela saem compostos químicos que são aproveitados em tratamentos fundamentais para combater o câncer.
Eu fico na torcida para que, cada vez mais, os pesquisadores consigam facilitar a produção de plantas deste tipo e a obtenção de substâncias que ajudem a recuperar nossa saúde.
Até o próximo artigo!