Guaçatonga: planta é destaque no combate à herpes labial; saiba mais

Guaçatonga e erva-de-bugre são dois dos apelidos da Casearia sylvestris, uma planta usada como remédio por indígenas e caboclos há centenas de anos em países como Brasil, Argentina e México. Hoje, você vai descobrir para que ela serve. Vamos lá!

Nativa da América Tropical, sua utilização começou a partir da observação dos efeitos dela em lagartos picados por cobras. Mas, além desta finalidade de bloquear o veneno, as indicações da Guaçatonga incluem significativa ação antiulcerosa.

A planta está associada à capacidade de diminuir o volume de ácido clorídrico. Em comparação com a cimetidina, por exemplo, levaria a vantagem de não elevar o pH gástrico – o que atrapalha a digestão de proteínas.

Casearia sylvestris é uma erva medicinal popularmente empregada também como cicatrizante, diurético, tônico, estimulante, antisséptico, antimicrobiano, depurativo e fungicida.

Sua composição inclui taninos, compostos que criam um tipo de revestimento protetor na pele e mucosas, dificultando a ocorrência de infecções. Há referência a pesquisas nas quais teria sido comprovado o benefício da planta na aceleração da cicatrização interna ou externa.

Fora isso, ela é capaz de favorecer a diurese, contribuir para melhor circulação periférica e estimular o metabolismo cutâneo. Com isso, tende a auxiliar na tonificação local.

Guaçatonga: características, uso contra herpes e advertências


Conhecida também como vassitonga, erva-de-lagarto, marmelinho-do-campo, cafezeiro do mato e língua-de-tiú, a Guaçatonga pertence à família Rubiaceae.

Este arbusto mede cerca de 4 m de altura, apresenta casca rugosa, no tom cinza pardacento, além de longos ramos e folhas simples de bordas serrilhadas de 14 cm aproximadamente.

Já suas flores surgem em grande número (até 50), são pequenas e dispostas em cimeiras axilares, exibindo variação de cor: branco meio esverdeadas ou amarelas.

Folhas e caules da Guaçatonga são empregados em diversos preparos na intenção de obter sua composição química, formada ainda por resinas, óleo essencial, terpenos e triterpenos; ácidos graxos, saponinas, flavonoides e antocianosídeo.

Um exemplo de aproveitamento das propriedades medicinais da erva é a tintura de Guaçatonga. Ela é procurada para tratar a lesão e estimular a cicatrização da herpes labial.

Outra maneira de combater o mal é com a infusão (2 colheres de sopa das folhas, picadas, em 1 copo de água fervente). Depois de abafar a mistura por alguns minutos e aguardar a temperatura ficar confortável, o chá pode ser aplicado nas lesões labiais com ajuda de algodão.

O que os indígenas já experimentam há tempos vem sendo alvo de pesquisas diversas. Os poderes antimicrobiano, antiviral e cicatrizante da Guaçatonga vêm recebendo validação de estudiosos, resultando em relevantes medicamentos para uma das doenças virais mais comuns.

É bom destacar que a herpes labial, causada pelo vírus do herpes simples HSV, é uma enfermidade que não tem cura e apresenta repetição por ciclos. Muitos procuram os serviços públicos de saúde para tratar as lesões dolorosas e que deixam um aspecto desagradável na pele.

Sem falar que, em alguns casos, provocam dificuldade na alimentação, comprometendo, portanto, o bem-estar das pessoas que sofrem com esta condição.

A erva-de-bugre é atualmente princípio ativo na fabricação de produtos homeopáticos e cremes fitoterápicos para combater a herpes nos lábios. Trata-se de uma erva medicinal com grande potencial terapêutico e, tudo indica, maior rapidez no processo de cicatrização quando comparada a remédios como penciclovir.

Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.

Quanto às contraindicações, apesar de ser considerada uma planta segura, a Guaçatonga costuma causar diarreia e vômito quando usada em excesso. Ela não é recomendada durante a gravidez, pois há indícios de que seus extratos aquosos possuem atividade sobre a musculatura do útero, segundo experiência feita em laboratório com ratas.

Como você viu neste post, a Guaçatonga é uma mostra do poder medicinal das plantas, e que tende a ocupar um espaço importante especialmente no combate a problemas como a herpes labial.

Até o próximo artigo!

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