Mulungu: pode ajudar nos problemas nervosos; saiba como

Mulungu ou corticeira é, na medicina popular, uma planta indicada para tratar diversos estados emocionais. Suas cascas e folhas são utilizadas para problemas como insônia, ansiedade, agitação, compulsão, pânico e depressão.

Epilepsia, histeria, cistite, neurose, pressão alta, taquicardia, gengivite, disfunções de origem hepática, insuficiência urinária, gengivite, esclerose e bronquite também fazem parte da lista de possíveis aplicações da planta Erythrina mulungu, como é chamada cientificamente.

Como você pode notar, embora seja famosa por suas propriedades sobre os nervos, a erva conta com outras ações. Em resumo, são as seguintes: hipnótica, sedativa, calmante, narcótica, tranquilizante, antiasmática, antidepressiva, analgésica, hepatoprotetora, diurética, antibacteriana, expectorante, tônica, antiespasmódica e anti-inflamatória.

Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e tratamentos médicos. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento. A automedicação, ainda que com plantas, pode ser perigosa.

Seja na forma in natura, de cápsulas contendo o extrato de Mulungu ou, ainda, na composição de tintura, o vegetal é, na fitoterapia, utilizado para combater desordens do sistema nervoso. Integrado à cultura popular, ele é aproveitado também por curandeiros em diversas localidades.

A planta possui inúmeros apelidos, dependendo do lugar em que ocorre e do bioma ao qual pertence, isto é, “à grande comunidade de plantas e animais que estão adaptados a uma certa região com clima, relevo e outras condições ambientais determinadas” (Aulete Caldas). Alguns exemplos de seus nomes regionais:

  • Açacu
  • Açacurana
  • Açucarana
  • Amansa-senhor
  • Bico-de-arara
  • Bico-de-papagaio
  • Bucaré
  • Canivete
  • Capa-homem
  • Capitão do mato
  • Eritrina
  • Eritrina da baixa
  • Sananduva
  • Sapatinho-de-judeu
  • Suinã

 


Nativa da América Latina, a Erythrina mulungu é encontrada da Costa Rica até o Brasil. Só em território brasileiro, temos 6 espécies dela, uma em cada bioma – apenas nos pampas gaúchos ela não ocorre. Com um detalhe importante: pelo menos duas espécies, ao que parece, têm uso medicinal reconhecido.

Por falar em reconhecimento, há relato na internet de comprovação científica sobre o uso medicinal do Mulungu. São citações referentes a estudos feitos sobre o tratamento de ansiedade, depressão e convulsão.

No entanto, não custa lembrar que, mesmo tendo certeza da eficácia de uma planta medicinal, o uso abusivo dela pode provocar reações desagradáveis ou até perigosas.

Especialmente no caso do Mulungu, devido suas funções no sistema nervoso, isso pode ser ainda mais delicado se a pessoa já estiver fazendo tratamento com outro remédio. Então, a dica é não fazer automedicação, mesmo com produtos naturais!

Recado dado, vamos voltar às características e muito mais sobre o Mulungu…

O nome oficial é Erythrina mulungu, porém, ele varia conforme o local, sendo sempre composto por Erythrina “alguma coisa”. Dá uma olhada:

  • Bioma amazônico: Erythrina amazonica
  • Caatinga: Erythrina velutina
  • Cerrado: Erythrina xinguensis
  • Mata Atlântica: Erythrina verna ou Erythrina mulungu
  • Pantanal: Erythrina similis

Além destes nomes, existe ainda Erythrina fusca (Açacurana), que nasce praticamente em toda parte, digamos assim.

Mulungu: advertências

É fácil encontrar na web informações sobre os modos de usar uma planta medicinal. Quanto ao Mulungu, há sugestão de infusões de frutos, cascas, flores e até sementes.

Por outro lado, existe um alerta sobre a grande toxicidade de suas sementes, devido presença de alcaloides; algo cuja ingestão seria capaz de provocar até a morte.

Entre os feitos colaterais do Mulungu, estão: paralisia muscular, sonolência e sedação. E mais: a planta é contraindicada para pessoas que usam anti-hipertensivos.

Para utilizar o Mulungu de maneira terapêutica, é preciso ter profundo conhecimento sobre essa planta rica em erythrinina, porque uma das ações mais intensas e perigosas dela é, justamente, a paralisia dos músculos.

Quando bem-dosado e administrado corretamente, o Mulungu pode ser empregado no controle de quadros de taquicardia, agitação, nervosismo, hipertensão e vários outros. Entretanto, não esqueça que coração também é músculo. E uma quantidade errada pode afetar este órgão vital.

Cuide-se! Até breve…

Leave a Reply