Frângula: ação laxante e outras propriedades; conheça

Frângula, fusaro, canjica e amieiro-negro são alguns dos nomes populares da Frangula alnus, uma planta que possui efeito laxante e é usada como remédio caseiro para prisão de ventre e outras disfunções gastrointestinais. Veja mais a seguir…

Pertencente à família das Ramnáceas, a Frângula é um arbusto que alcança até 6 metros de altura e vive entre 30 e 50 anos.

Sua composição química é ampla, incluindo substâncias como: catequina, franganina, robinina, tanino, tocoferol, kaempferol, aloina, aloe-emodina, barbaloína, betacaroteno e antraquinonas. As antraquinonas apresentam efeito laxante; já os princípios amargos são responsáveis pelo estímulo à digestão.

Ela é encontrada em lojas de produtos naturais e farmácias sob forma de chá, extrato, óleo essencial, comprimidos estandardizados e xarope (produzido a partir de seus frutos), sendo a primeira opção geralmente vendia a R$12,00, em média.

A maneira mais comum de consumir o vegetal é através de chá. Uma dica de receita encontrada na internet recomenda usar 5g de cascas secas e 400 ml de água.

O preparo sugere colocar a erva na água para ferver durante 10 minutos. Depois, o chá precisa descansar por 2 horas, tampado. A finalização acontece coando e armazenando a mistura em recipiente higienizado e vedado.

O uso medicinal popular da Frângula inclui tratamento de icterícia, parasitas intestinais, cálculo biliar, artrite, herpes e edema pulmonar.


Na web, há relato de testes clínicos por meio dos quais a planta teria sido apontada como remédio para aumentar o peristaltismo estomacal e combater problemas no baço. Além disso, a erva é associada ao tratamento de problemas no fígado e vesícula.

O chá de Frângula costuma ser indicado para regular a digestão, favorecer a limpeza do organismo e até perder peso.

As potencialidades acima ocorrem devido propriedades como as ações diurética, laxante, purgativa, digestiva, tônica estomacal, depurativa, estomáquica e antifúngica.

Como agente antifúngico, por exemplo, tudo indica que a Frângula apresenta atividade contra os micro-organismos Fusarium, Aspergillus e Trichophytum.

Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.

É possível que você já tenha ouvido falar da Frângula com outros nomes: amieiro preto, black alder tree (inglês), sanguinheiro, frangola, zangarinheiro, lagarinho, sangurinheiro, sanguinho-de-água, alder buckthorn e zangarinho.

Frangula alnus conta ainda com sinônimos botânicos, entre os quais estão Rhamnus cathartica e Rhamnus sanguínea, além de outras variedades.

Frângula: efeitos colaterais e contraindicações

A Frângula é contraindicada para gestantes, lactantes, pessoas com prisão de ventre crônica, colite, úlceras, doença de Crohn e outras inflamações intestinais.

No caso das grávidas, os componentes químicos da erva podem ser repassados para o bebê, provocando reações colaterais. A Frângula também não deve ser consumida por indivíduos que apresentem úlceras, colite ou hemorroidas.

Em geral, os efeitos adversos da planta são: vômito – devido consumo excessivo; perda de minerais como potássio e outros eletrólitos; preguiça intestinal e cólicas na região gastrointestinal.

Importante: os frutos do arbusto são ligeiramente tóxicos, podendo causar vômito. E, assim como acontece com a maioria dos laxantes, é desaconselhado o uso de Frângula por longo período, uma vez que os derivados antracênicos presentes na erva são capazes de irritar a mucosa gastrointestinal, levando à acentuada perda de minerais.

Se você apresentar prisão de ventre por várias semanas, o ideal é consultar um especialista para verificar a causa do problema. Lembre-se de procurar um médico antes de começar qualquer tipo de tratamento, incluindo com remédios naturais.

Algumas curiosidades para encerrar… A Frângula é muito comum em Portugal. Sua madeira bastante rígida e durável, no passado, foi usada até para confeccionar sapatos. O carvão obtido na queima do amieiro-negro é empregado na fabricação de pólvora.

Eu fico por aqui. Até o próximo post com mais conteúdo sobre plantas medicinais…

Cuide-se!

Leave a Reply