Douradinha, malva-branca, malva veludo ou douradinha-do-campo é uma planta geralmente recomendada para tratar coceiras, feridas, eczemas e outras enfermidades na epiderme.
Mas essa herbácea da família das Escrofulariáceas que mede até 50 cm de altura é utilizada popularmente ainda no combate a condições como: gota, ácido úrico, reumatismo, pressão arterial irregular, cólica renal, cistite crônica, disenteria, tosse, afecções nos pulmões e catarro crônico.
A textura dela é aveludada, repleta de pelos cinzentos, pequenas flores amareladas e raiz profunda. Na maioria das vezes, a planta é aproveitada em forma de chá. Normalmente, o mesmo preparo pode ser utilizado externamente para combater erupções, coceiras, micoses, feridas e furúnculos.
Além da infusão simples obtida com a douradinha-do-campo, é possível encontrar também a tintura de sua casca. Suas propriedades são: depurativa, estimulante, energética, hipotensora, diurético-purgativa, emagrecedora, antibiliosa, emenagoga, anti-inflamatória, sudorífica, cardiotônica, emoliente etc.
Para muitos, tais características fazem da malva veludo uma alternativa no tratamento de diversas patologias, das mais simples e às complexas, graças a seus princípios ativos alcaloides, taninos e saponinas. O que justifica seu uso muito antigo em preparações caseiras.
Na medicina alternativa, ainda é empregada em situações como dificuldades para urinar, bronquite, blenorragia e doenças sifilíticas.
Importante: o conteúdo deste post tem função de informar. Não substitui consultas e acompanhamento especializado. Procure um fitoterapeuta para ter a recomendação segura, de acordo com cada pessoa em particular – e jamais ultrapasse as doses prescritas dos remédios naturais.
É possível encontrar a Douradinha praticamente em todo o mundo, sendo mais abundante na Ásia, África e Austrália. Na América do Sul, ocorre em países como Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil – neste com destaque para a região Sul.
Em alguns países, a malva-branca é a grande estrela quando o assunto é medicina caseira, embora existam pesquisadores que alertem sobre seu potencial venenoso.
Mais uma razão para tomar bastante cuidado ao consumir essa e outras ervas. No caso da Douradinha, ela deve ser evitada particularmente por pessoas com distúrbios na coagulação do sangue, para evitar o agravamento do quadro, e por indivíduos com dores abdominais.
E ainda: abusar no consumo dessa planta pode causar efeitos colaterais como aumento da quantidade de evacuações ou diarreia pastosa, quando já existir uma tendência à diarreia em função de outros fatores.
Contudo, independentemente de haver predisposições assim ou não, é importante buscar auxílio especializado e de confiança. Dessa maneira, o problema poderá ser resolvido da melhor forma possível, analisando a situação específica.
Atenção: todas as plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um profissional da área e seu médico antes de começar qualquer tratamento.
Douradinha: infusão e curiosidades
Em geral, o preparo da infusão de Douradinha é feito da seguinte forma: usando 2 colheres (sopa), aproximadamente 20 gramas, das cascas, folhas e ramos triturados; e 1 litro de água. A mistura deve ser levada ao fogo e, ao alcançar fervura, a chama deve ser desligada.
O líquido precisa permanecer abafado, em repouso, durante 10 minutos aproximadamente. Depois de esfriar e ser coado, o chá de Douradinha está pronto para uso.
Diz-se que a Douradinha é uma planta tipicamente brasileira, mas que foi descoberta pelo botânico francês Saint Hilaire, que fez pesquisas com espécies do Brasil por volta de 1816 a 1822.
Seu nome científico é Waltheria douradinha, e ela costuma crescer bem em lugares mais pedregosos, de preferência às margens de rios. Tanto é que, em solo brasileiro, o local ideal para seu desenvolvimento são as margens do rio Uruguai, no Rio Grande do Sul.
Como você viu hoje, nas localidades onde a planta é encontrada, as folhas e cascas dos ramos são muito usadas na formulação de remédios caseiros. A Douradinha é empregada, sobretudo, para tratamento de feridas, além do combate a doenças venéreas e enfermidades no peito.
E você, já conhece a Douradinha ou ouviu falar dela?
Até a próxima!