Adonis é uma planta geralmente indicada para tratar problemas cardíacos. Por exemplo: taquicardia, insuficiência congestiva, miocardite, arritmia e contração prematura do músculo do coração. Mas as propriedades medicinais dela não param por aí…
Da planta Adonis, é extraída a adonidina, um glicosídeo parecido com a digitalina. A adonidina atua como estimulante dos batimentos cardíacos, podendo assim ajudar no tratamento de disfunções ligadas ao órgão. Por isso, é considerada cardiotônica.
As propriedades medicinais dela incluem as ações emenagoga, cardiotônica, vermífuga e sedativa. Seu chá é considerado também um poderoso diurético e desinfetante.
As ações terapêuticas do vegetal ocorrem devido à presença de constituintes químicos especiais. São sais minerais, ácidos orgânicos, cardenólides, glicosídeos, flavonoides (adonivernitina), adonitoxósido e cimarósido.
O princípio ativo glicosídeo, por exemplo, é capaz de provocar efeitos sedativos e de combate à asma, epilepsia e tosse, atuando diretamente no sistema nervoso central.
Acredita-se que Adonis seja uma planta muito benéfica à saúde humana por outro motivo: o fato de suas substâncias não ficarem acumuladas em nosso organismo. O que, por sua vez, não traria qualquer tipo de prejuízo.
Pertencente à família das Ranunculaceae, essa erva originária da Europa serve ainda para dor de origem reumática, segundo as tradições medicinais caseiras.
Seu nome científico é Adonis vernalis L., mas ela também é conhecida como adonis da primavera, yellow adonis, false hellebore e botón de oro (espanhol), entre outros apelidos. E é encontrada com facilidade na América e Ásia, normalmente em locais com subsolo calcário.
Conta com sinônimos botânicos, entre os quais está o Adonanthe vernalis (L.) Spach. Popularmente, é apelidada também de adonide primaverile (italiano), adonis (francês), sprin g pheasant’s eye, ox-eye e peasant’s eye (inglês), eléboro falso e ojo de perdiz (casteliano).
Na verdade, o uso para finalidades cardíacas é relativamente novo, uma vez que os povos antigos já utilizavam a erva para tentar curar outros tipos de problemas: as afecções sexuais.
A parte utilizada para obter os princípios ativos é a aérea. A espécie chega a medir entre 15 e 50 cm de altura, exibindo um caule ereto e folhas que surgem na primavera e não possuem cheiro marcante, mas gosto amargo, quase acre, como algumas plantas medicinais.
Apesar de ser conhecida como venenosa, a erva é relevante para a medicina natural pelas propriedades citadas nos parágrafos anteriores. Mais um motivo para buscar orientação profissional específica antes de começar um tratamento com Adonis ou qualquer outra.
Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.
Adonis: efeitos adversos, contraindicações e orientações
Adonis vernalis deve ser evitada por pessoas com gastrite ou úlcera gastroduodenal; por indivíduos em tratamento com laxantes, diuréticos, heterosídeos cardiotônicos e quinidina.
Adonis é contraindicada para gestantes, lactantes e crianças. E pode provocar os seguintes efeitos colaterais: náuseas, diarreia, dor de cabeça, hipertonia gastrointestinal, perda de apetite e vômito.
A toxidade da Adonis é atribuída aos glicosídeos cardiotônicos. Por este motivo, deve ser consumida somente com prescrição médica.
Sabe aquela ideia de que a dosagem faz a diferença entre o remédio que cura e o veneno que mata? Então, no caso da planta Adonis, o conceito cai como uma luva. A margem entre toxicidade e eficácia é muito sutil.
Não é raro gente do mundo todo recorrer aos chás medicinais para combater inúmeros males. Muitas doenças e desconfortos podem, realmente, ser tratados por meios naturais. Porém, é preciso ficar atento, uma vez que nem todas as ervas podem ser utilizadas sem cuidados maiores. Adonis, conhecida como olho de faisão e adonis amarelo, é uma delas.
Cuide-se!
Até breve…