Caralluma fimbriata é um cacto de origem indiana que vem sendo considerado em algumas partes do mundo um dos melhores fitoterápicos para perder peso. Acredita-se que as pílulas feitas a partir da planta podem diminuir até 30% do apetite. Mas uso requer cuidados.
A fama da fibra vegetal obtida a partir de seu extrato seco ganhou força devido estudo de um hábito antigo em povoados da Índia. A população de lá mastigava o cacto antes de enfrentar longos percursos, na intenção de inibir a fome. O uso de Caralluma virou parte da cultura local.
O mecanismo de ação da planta seria mais ou menos assim: ela ajudaria o organismo a avisar ao cérebro que o corpo está saciado, auxiliando, portanto, na redução da ingestão de alimentos.
A composição da planta ainda está associada ao aumento da serotonina, o hormônio do bem-estar. O que justificaria a diminuição do desejo por doces, por exemplo.
Acredita-se que a Caralluma é capaz de competir com a enzima que controla o começo da formação de gordura, chamada citrato liase, atrapalhando a criação de novos “estoques” no abdômen.
Na internet, encontrei informações sobre um Congresso Americano de Diabetes, que aconteceu na Flórida, Estados Unidos, em 2010, no qual o cacto teria sido considerado a “estrela dos fitoterápicos”, pois nenhum outro produto, inclusive alopático, reuniria tantas propriedades contra a obesidade, o maior desafio na luta pelo controle do açúcar no sangue.
Caralluma acabou virando best friend dos regimes modernos por outro motivo: emagrecimento sem perda de energia ou apatia, além de, supostamente, apresentar poucos efeitos adversos quando comparada a outras substâncias.
Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.
Caralluma: mais informações importantes e advertências
Mas, até o momento, produtos à base de Caralluma Fimbriata não estão regularizados no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária entende que a composição deles não foi analisada, e recomenda suspender o consumo, caso a pessoa tenha adquirido o fitoterápico pela internet ou algo parecido.
A proibição das pílulas de Caralluma por parte da Anvisa é justificada pela falta de testes das fórmulas, para seja comprovado realmente que o cacto não provoca efeitos nocivos ao nosso organismo.
Importação e comercialização de itens que contenham o insumo Caralluma Fimbriata, cuja propaganda garanta que ela acelera o emagrecimento, é proibido desde 2010. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União.
Aliás, é bom lembrar que adquirir até mesmo substâncias naturais sem o registro de órgãos competentes pode ser perigoso. Encontramos produtos no comércio sem qualquer tipo de fiscalização, nos quais o consumidor não tem garantia alguma do que realmente está sendo vendido no frasco, se é a planta medicinal correta e, ainda, se ela está livre de contaminações.
Há suspeita de que suplementos como o Caralluma Fimbriata possam trazer em suas composições a sibutramina, um medicamento de uso controlado que age reduzindo a fome porque afeta o sistema nervoso central.
O problema é que o remédio é perigoso para hipertensos e cardíacos, podendo causar infartos, taquicardia e derrames, além de boca seca, constipação e insônia.
Por aqui, a Caralluma é liberada na forma de extrato seco, sendo que apenas as farmácias de manipulação podem colocar o composto em cápsulas ou outros itens, nas doses recomendadas por um médico. Então, a dica é procurar um profissional especializado para aproveitar plantas como ela do modo mais seguro possível.
O velho costume indiano de consumir o cacto em conserva, cru, na salada, cozido, entre outras maneiras, pode ajudar populações mais carentes daquele país a driblar a fome e aumentar a resistência física.
No entanto, existe todo um contexto para isso, e estudos estão sendo feitos para comprovar os benefícios do vegetal em outras finalidades. Praticar automedicação com suplementos sem fiscalização pode ser perigoso.
Cuide-se!
Até a próxima!