Mentrasto possui função analgésica; veja para que esta planta serve

Mentrasto é uma planta muito conhecida no Norte e Nordeste do Brasil por suas excelentes propriedades medicinais. Seu nome oficial é Ageratum conyzoides, mas, popularmente, a erva é chamada de camará opela, catinga de bode e catinga de borrão.

Flores, folhas e sementes do Mentrasto são utilizados para obter seus princípios ativos, entre os quais estão: cumarinas, óleos essenciais, alcaloides (lycopsamine, pirrolizidínico e echinatine), flavonoides, taninos e saponinas.

Em geral, na medicina caseira, a planta é procurada pelos que sofrem de dores nas articulações. Acredita-se que sua propriedade anti-inflamatória atua diretamente na origem do problema, enquanto a capacidade analgésica diminui o desconforto até a pessoa ficar livre das dores.

As principais propriedades do Mentrasto incluem ainda as ações: antirreumática, cicatrizante, emenagoga, aromática, tônica, carminativa, analgésica, vasodilatadora, diurética e febrífuga. A propriedade antitumoral do extrato da erva também é estudada.

Por causa das características acima, há quem recorra à planta para tratar dores musculares, diarreia, contusões, bronquite, cólicas menstruais, artrite, artrose, resfriado, gripe, febre, amenorreia e hemorragia.

Os usos de Mentrasto abrangem: afecções das vias urinárias, beribéri, caspa, cólicas e gases intestinais, catarro; falta de apetite, gonorreia, feridas abertas, hemorragias, sintomas da menopausa, condições pós-parto; rinite alérgica, sinusite, pneumatose do tubo digestivo e tensão pré-menstrual.

No caso das infecções no aparelho urinário, o vegetal é utilizado devido sua propriedade diurética, ajudando a eliminar o excesso de líquidos, impurezas e bactérias pela urina. Dessa maneira, promove uma espécie faxina no organismo.


Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.

Aviso: o consumo de Mentrasto é contraindicado para diabéticos e pessoas com problemas no fígado, além de grávidas, lactantes e crianças.

O uso abusivo e descontrolado da planta pode causar pressão alta. O Mentrasto contém alcaloides hepatotóxicos, portanto, as doses para uso interno devem ser prescritas somente por profissionais qualificados.

O tratamento com a erva não deve ser muito prolongado e, caso necessário, convém interrompê-lo a cada três semanas, para que não aconteça o acúmulo de substâncias no organismo.

Por causa de certa toxidade que ainda precisa ser melhor estudada, é preciso ter cautela com seu uso na depressão, apesar de haver relato na internet da ocorrência de efeitos positivos em dosagens baixas da planta.

Mentrasto: saiba mais sobre seus usos, e cuidados…

Falando em pesquisas, tudo indica que existem algumas comprovações de benefícios curativos do Mentrasto. E a planta é uma das integrantes de uma lista recomendada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas como unguento. Sem falar que o vegetal está inserido nas medicinas tradicionais de países como Nigéria e Índia, entre outros.

Ele é encontrado em lojas de produtos naturais e farmácias em duas formas: cápsulas contendo seu pó ou folhas (secas) para o preparo de chás.

Dá uma olhada em outros nomes populares pelos quais o Mentrasto é conhecido: celestina, erva maria, mentraço, erva de Santa Lúcia, maria-preta, erva-de-santa-luzia, mentraz, erva de São José e mentruz.

Um dos modos de uso do chá é a compressa, normalmente empregada em males externos como artrose, reumatismo e contusões. O líquido deve ser despejado em uma toalha limpa a ser aplicada no local afetado.

O Mentrasto recebe diversos nomes populares e existe uma certa confusão com outra planta. Falei neste post daquela pertencente à família Asteraceae, com nome oficial Ageratum conyzoides.

O problema é que ela é confundida com o cipó-de-são-joão (Pyrostegia venusta), outra espécie brasileira, porém, com usos bem diferentes. Para não errar, a dica é ficar atento às características (flores, folhas etc.) e  ao nome científico. E contar sempre com orientação especializada.

Cuide-se! Até o próximo post…

Leave a Reply