A espinheira santa é o nome dado ao arbusto que pode atingir até cinco metros de altura, nativo da diversas partes da América do Sul – em especial do sul do Brasil. Ela pode ser encontrada em diversos locais da região sul, facilmente reconhecível por seu visual particular.
Na prática, há diversas espécies diferentes de planta que são comumente reconhecidas como espinheira santa, em função de suas semelhanças. A maioria delas já teve algum tipo de utilização pelos nativos do Brasil com a intenção de cura e recuperação do corpo.
Saiba mais sobre a espinheira santa, sua história e seus benefícios para a saúde:
Utilização da espinheira santa por nativos
A espinheira santa era utilizada principalmente por indígenas nativos do Paraguai. A planta era usada por mulheres como um contraceptivo e regulador da fertilidade, com a intenção de induzir menstruação e abortos.
Após a colonização, a espinheira santa passou a ser utilizada nos centros urbanos para tratar problemas como úlceras, indigestão e gastrite crônica. Sua folha também era utilizada para aplicação tópica sobre machucados, cortes e problemas de pele.
Em alguns locais, a espinheira santa também é utilizada contra anemia, constipações, problemas de fígado e, ainda, como contraceptivo natural, embora sua eficiência possa ser questionada para estas utilizações específicas.
Pesquisas e benefícios conhecidos para a saúde
Os primeiros estudos a respeito da espinheira santa foram feitos a partir da década de 1970 no Brasil, especialmente com o objetivo de identificar seu potencial como um composto capaz de combater tumores e leucemia. A intenção do estudo surgiu a partir da crença popular de que a espinheira santa era capaz de tratar câncer de pele quando topicamente aplicada.
Foi descoberto, em meados da década de 1976, que concentrações extraídas com álcool e água das folhas da planta apresentaram um nível de toxicidade para células cancerígenas. Em outras palavras, isso significa que o produto feito a partir da planta é capaz de matar células cancerígenas, em certas condições. Isso rapidamente fez com que empresas farmacêuticas de todo o mundo passassem a pesquisar a respeito da planta.
Foram observados resultados especialmente eficientes contra linfomas e carcinomas no ovário, mas o nível de toxicidade das soluções para o organismo. Os estudos com a espinheira santa continuam sendo feitos, mas sua utilização clínica é mantida como testes em estudos específicos.
Enquanto isso, sua utilização em outros tipos de situações seguiu muito popular nas cidades do continente. Atualmente, a espinheira santa costuma ser um dos tipos de tratamento para úlceras e problemas digestivos. Sua capacidade de combate às úlceras foi demonstrada em um estudo de 1991, que comprovou que um solução com água quente e o extrato das folhas da planta era tão eficiente quanto dois dos melhores medicamentos farmacêuticos contra úlceras.
O mesmo estudo demonstrou que a espinheira santa é capaz de aumentar o volume e o pH do suco gástrico, o que o torna bastante eficiente em situações que exigem a redução da acidez do trato digestivo, principalmente no estômago.
Forma de preparo para a espinheira santa
A forma tradicional de se consumir a espinheira santa é a utilização das folhas em chá quente, ou como parte das refeições. O procedimento é o de infusão tradicional, simplesmente fervendo as olhas e bebendo-se o líquido.
Pode-se utilizar, no entanto, a planta através de preparos mais atuais, como em pó ou em cápsulas, misturadas a água ou suco, uma ou duas vezes por dia. Outra forma de utilização para o tratamento de problemas de pele é o preparo de uma pasta com água morna para ser aplicada diretamente sobre a pele, no local necessário.
Contra-indicações
A espinheira santa possui algumas contra-indicações bastante importantes. Por possuir efeitos estrogênicos, pode reduzir a fertilidade em mulheres e induzir ao aborto. Por isso, mulheres grávidas ou que busquem engravidar devem evitar seu consumo a qualquer custo.