A planta Hamamélis foi usada há muito tempo pelos índios norte-americanos para tratar inflamações, feridas de pele e tumores. E entrou na lista de remédios naturais daquele país em 1882. Desde então, vendo sendo propagada no mundo todo. Hoje você vai conhecer melhor essa erva, suas propriedades e aplicações.
A Hamamélis contém taninos, óleos essenciais (ésteres, compostos carbônicos, álcoois e safrol), flavonoides; ácidos fenólico, oxálico e gálico; tânico, substâncias amargas e leucoantocianidinas, entre outros.
É por causa deles que o vegetal apresenta ações anti-inflamatória, vasoprotetora, adstringente, bacteriostática e hemostática. Entre seus usos terapêuticos estão: tratamento de hemorroidas (folhas principalmente); varizes; gengivite, herpes, faringo-amidalites, estomatites e outras condições que afetam as mucosas.
O cozimento de cascas e folhas da Hamemélis é empregado na tentativa de curar diversos problemas de saúde. Mas a erva ainda serve para produção de unguentos, tinturas e extratos aquosos e secos.
O extrato aquoso de Hamamélis, por exemplo, tudo indica que vem demonstrando atividade anti-inflamatória considerável via interna (pesquisa em laboratório com ratos); enquanto a aplicação local possui ação relevante hipotérmica devido vasoconstricção local.
Já os taninos encontrados na Hamamélis fazem dela uma opção de remédio caseiro antidiarreico, cicatrizante e bactericida, pois estes compostos possuem poder adstringente.
Esta propriedade, por sua vez, é capaz de ajudar a criar um tipo de revestimento protetor, favorecendo a redução de infecções e de secreções. E mais: também atua diminuindo a sensibilidade da pele, interessante no tratamento de queimaduras.
Pelos motivos acima, a planta é útil em produtos como xampus e loções capilares, uma vez que estimula a formação da pele e dos tecidos que cobrem as paredes de nossas cavidades internas; ativa a circulação, além de ser empregada popularmente em contusões, corrimentos vaginais, acne, conjuntivite e caspa.
Os hamamelitaninos, ou seja, os taninos presentes na casca de Hamamélis, contam com atividade antioxidante contra radicais superóxido. Enquanto os flavonoides estão por trás de um efeito chamado vitamínico P, responsável por ações flebotônica, vasoprotetora e capilarotrópica – particularmente aproveitadas contra hemorroidas e varizes.
Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.
Aviso: o uso interno continuado e em doses altas de Hamamélis não é recomendado, uma vez que o alto teor de taninos da planta pode irritar a mucosa digestiva. A presença de safrol na erva, quando consumida em grandes quantidades, pode provocar alucinações, espasmos digestivos, carcinogênese, morte ou afetar negativamente a absorção de ferro em pessoas que tomam antianêmicos via oral.
A Hamamélis é contraindicada para indivíduos com úlcera gástrica, colite, úlcera duodenal e diverticulite. Quanto à gravidez, seu uso, mesmo dentro de doses usuais, não é indicado, especialmente devido aos taninos. É preciso realizar mais pesquisas de toxidade para garantir segurança.
Hamamélis: características
O nome farmacêutico dela é Hamamelidis folium ou Hamamelidis córtex. Sua denominação tem origem grega: manzana. Entre seus nomes comuns estão: hamamélia, , vassoura-de-bruxa, amamelide (Itália), hamamelis da Virgínia, tripolis dentat, witch hazel (Inglaterra), vara mosqueada, amieiro mosqueado, nogueira de bruxas, flor do inverno, aveleira de bruxa e aveleira de feiticeira.
Pertencente à família Hamamelidaceae, a Hamamélis é um arbusto com altura entre 1,5 e 3,5 metros. Apresenta casca lisa e amarronzada, flores amarelas na parte externa e pardacentas por dentro. Suas folhas são caducas, elípticas, assimétricas na margem da base, variando de 7,5 a 12,5 cm de largura.
A planta ocorre de forma espontânea em bosques úmidos nos Estados Unidos e Canadá, e é originária da América do Norte. Mas é cultivada como arbusto ornamental praticamente no mundo todo, com destaque para os jardins europeus.
As folhas têm gosto adstringente, meio aromático e amargo; já as cascas são adocicadas e picantes. Apesar de as duas partes serem utilizadas no preparo de medicamentos naturais, as folhas ganham mais atenção.
Elas são utilizadas em tintura e extrato para promover a vasoconstrição, combater arteriosclerose e até obesidade. Também servem para criar pomadas, que podem ser empregadas em frieiras e outros problemas de pele.
Hoje, você conferiu aqui toda a riqueza medicinal que a Hamamélis é capaz de proporcionar. Aproveite a planta!
Até breve…