Alquemila é conhecida como “chá da mulher”; entenda

Alquemila ou, em latim, Alchemilla vulgaris, tem origem na palavra árabe alchimila, que significa alquimia. Tempos atrás, acreditava-se que a planta possuía efeitos mágicos. Considerada capaz de amenizar sintomas da menopausa e menstruação irregular, é chamada de “planta da mulher”.

Alquemila é uma planta com propriedades adstringentes, utilizada principalmente como remédio caseiro contra diarreia e dores menstruais. Externamente, ela pode ser aproveitada como higienizante bucal e em banhos para combater corrimento vaginal.

Além de distúrbios gastrointestinais, popularmente é empregada em males de origem ginecológica e outras condições ligadas ao aparelho reprodutor feminino. Por exemplo: tensão pré-menstrual, hemorragia e leucorrea.

Pode ser aproveitada na forma de chá para uso interno ou tintura – para banhos terapêuticos. O modo de aproveitar a espécie depende da finalidade pretendida, como acontece com várias outras ervas.

É uma planta medicinal com propriedades antisséptica, anti-inflamatória, descongestionante, diurética, calmante, cicatrizante, estomáquica, vulnerária, febrífuga, hemostática, vasoprotetora e venotônica (reguladora da circulação), bactericida, analgésica e tônica.

Suas propriedades estão concentradas nas flores e brotos florescentes. A erva é composta quimicamente por óleo amargo, tanino (ácido elágico), saponinas, fitosterol e ácido salicílico.

Por causa destes elementos, o vegetal é indicado popularmente para ajudar em uma gama de problemas, incluindo dismenorreia, acne, feridas (inclusive na boca), uretrite e cistite; laringite, reumatismo, vaginite, hipertensão, conjuntivite, ressecamento da pele e hemorragia pós-parto.


O chá de Alquemila é famoso especialmente por sua capacidade de agir em distúrbios gastrointestinais e ginecológicos. No entanto, a planta pode ser útil em dificuldades com a coagulação do sangue e no favorecimento da regeneração de tecidos. Nos séculos XV e XVI, serviu de medicamento para estancar hemorragia nos feridos em campos de batalha.

Acredita-se que, no caso do tratamento de diarreias benignas nas mulheres, a planta possa – de fato – fornecer ajuda, devido seu teor de taninos.

Quanto às aplicações contra variados problemas femininos, incluindo dor menstrual, há divergências entre alguns especialistas em medicina herbal. Existem dúvidas ainda sobre a eficácia da erva porque faltam estudos clínicos e científicos mais consistentes.

Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.

Aviso: os taninos encontrados na Alquemila tendem a irritar a mucosa digestiva. Uma das possíveis reações colaterais da planta é a constipação.

Alquemila: características e usos

A Alquemila é uma espécie que ocorre principalmente na América do Norte e na Europa. Chega atingir aproximadamente 70 cm de altura, e é colhida entre maio e julho em solo europeu.

Também chamada de pé de leão e pata-de-lobo, Alchemilla vulgaris faz parte da família das Rosaceae. Em francês, é conhecida como alchémille; em italiano, alchemilla; já em inglês, é bear’s foot ou lion’s foot; enquanto em alemão recebe o nome Frauenmantel.

Apresenta folhas grandes e semicirculares com cerca de oito lóbulos, apoiados em caule firme e não muito longo. Um detalhe interessante é que as folhas da Alquemila às vezes estão estendidas e abertas no chão, mas, ao amanhecer, aparece no meio delas uma gota de orvalho, causando um efeito brilhante que lembra o de uma pérola.

Já suas flores são modestas, em tom verde amarelado, e surgem entre abril e junho, geralmente. A planta cresce margeando caminhos, encostas, bosques e prados úmidos, em terrenos elevados ou montanhas. No entanto, pode ser cultivada também em jardins.

Como você viu hoje, a Alquemila dispõe de propriedades medicinais e costuma ser usada para fazer chá capaz de combater problemas ginecológicos e gastrointestinais.

Seus taninos, flavonoides, princípios amargos e ácidos (linoleico e salicílico) permitem explorar a planta para diversas finalidades terapêuticas, entre elas as ações antidiarreica e adstringente. Uma mostra do poder medicinal da natureza disponível para nosso bem-estar.

Aproveite-o com orientação e bom senso!

Até breve…

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