Capuchinha ou chagas é uma planta popularmente utilizada para tratar doenças de pele, escorbuto e infecção urinária, entre outras condições. Comestível, ela vai bem em saladas, oferecendo cores, aroma e sabor únicos. Saiba mais sobre a Tropaeolum majus L. no artigo de hoje!
Planta herbácea rasteira, possui caule suculento, mole e retorcido. Suas folhas arredondadas e verdes fazem contraste delicado com flores em diversas tonalidades, da vermelha à branca, passando pela cor laranja, salmão e amarela.
Conta também com um fruto esverdeado composto por três aquênios pequenos. Ah, e o perfume… hum, toda a planta exala um aroma agradável, sentido logo ao chegar perto dela.
Como se não bastassem todas essas características de seu aspecto, a Capuchinha ainda é comestível, sendo seu gosto parecido com o do agrião, ou seja, é fresco e picante.
As propriedades associadas à Capuchinha incluem diversas ações, entre as quais: diurética, sedativa, estimulante, purgativa, depurativa, digestiva, expectorante, desinfetante, antibiótica e antisséptica.
Por isso, a Capuchinha é empregada popularmente para ajudar no tratamento também de alergias cutâneas, acne, caspa, feridas, eczema, couro cabeludo enfraquecido; falta de apetite, digestão ruim, envelhecimento da pele, retenção de líquidos, quadros depressivos e insônia.
As partes da planta utilizadas para fazer sucos, temperos, saladas, chás e infusões são as flores e folhas. Na infusão, por exemplo, que pode ser usada no combate à caspa, basta colocar quatro colheres de Capuchinha picada em meio litro de água fervente, e em seguida lavar os cabelos com o preparo.
O chá de Capuchinha pode ser preparado com duas colheres (sopa) de flores e folhas picadas. Leve-as ao fogo com um litro de água, deixe ferver, apague o fogo e abafe. Coe e beba quando a temperatura estiver ideal para você.
Atenção: este post tem função de informar, e trata de dicas gerais de uso. Somente profissionais qualificados podem prescrever tratamentos e fornecer indicações de acordo com a situação do paciente. Consulte seu médico, fitoterapeuta e/ou naturopata.
Plantas medicinais podem ter efeitos colaterais. Um deles, no caso da Capuchinha, é a irritação gástrica. A planta é contraindicada para pessoas com gastrite, insuficiência cardíaca, hipotireoidismo, problema renal, além de grávidas e lactantes. Consumida em altas doses, é capaz de baixar a pressão sanguínea.
Capuchinha: propriedades, usos e curiosidades
Planta da família das Tropeoláceas, a Capuchinha recebe diversos outros nomes, entre os quais estão ainda: capuchinho, agrião grande do Peru, nastúrcio, nastúrio, sapatinho-do-diabo, cinco-chagas e capuchinha-grande.
É uma espécie que não requer muito para ser plantada. Seu cultivo pode ser feito até em vasos, canteiros e jardins – desde que possa receber luz solar direta por, no mínimo, quatro horas, diariamente.
Longe de ser somente uma planta comum, a Capuchinha está ligada a inúmeras propriedades medicinais com benefícios para a saúde em diversos aspectos. Conheça seus princípios ativos e/ou componentes:
- Ácidos graxos
- Cálcio
- Enxofre
- Ferro
- Flavonoides
- Frutose
- Glicose
- Glicosídeos
- Glucosinolatos
- Glucotropaeolina
- Iodo
- Óleos essenciais
- Oxalatos
- Pigmentos
- Potássio
- Resinas
- Substâncias bactericidas
- Vitamina C
A propriedade diurética atribuída à Capuchinha faz dela uma opção para aliviar a retenção hídrica, auxiliando na eliminação de líquidos e, portanto, na “faxina” do organismo. Isso ainda otimiza o trabalho do aparelho urinário e ajuda a reduzir o inchaço corporal.
No quesito expectorante, para muitos, a planta serve como coadjuvante no alívio de resfriados e tosse, minimizando o desconforto físico.
Como você viu hoje, a Capuchinha não é apenas uma bela imagem para nosso olhar contemplar. Suas flores e folhas agradam ao paladar e ainda proporcionam elementos considerados capazes de agir em nosso bem-estar e qualidade de vida.
No vaso ou na travessa de salada, ela tem tudo para dar um toque todo especial com seu visual exótico e sofisticado, além de sabor e aroma únicos.
Atenção: é importante diferenciar com segurança uma planta alimentícia de outra que pode ser tóxica. Portanto, antes de experimentar uma planta que você não conhece muito bem, pergunte a quem entende do assunto. Destacando ainda que algumas delas precisam de preparo diferente para que estejam realmente prontas para consumo.
Se você ainda não conhece a Capuchinha, certamente vai ficar apaixonado quando for apresentado a ela. Mas se já experimentou seus benefícios, que tal preparar algo especial agora mesmo com essa planta versátil e encantadora?
Até a próxima!