Rosmaninho: ações relaxante e anti-inflamatória; veja mais

Sabe uma planta aromática muito usada para perfumar as gavetas? A Rosmaninho é dessas, mas seu uso vai além da sensação de bem-estar causada pela aromaterapia.

Lavandula stoechas ou Rosmaninho pertence à família Lamiaceae, e é utilizada popularmente como anti-inflamatório em massagens e diversas outras aplicações medicinais. O post de hoje só está começando – não perca!

A capacidade anti-inflamatória da planta, por exemplo, é associada à presença de um ácido chamado de rosmarínico. Tudo indica que este ácido age na formação das prostaglandinas de modo idêntico aos anti-inflamatórios convencionais. O que faz com que seja indicado especialmente para pessoas com pele sensível ou tendência à acne.

Atribui-se à Rosmaninho o poder relaxante, de forma que ela é aproveitada em preparos para aliviar incômodos nas pernas, braços e costas.

Além disso, serve como potente antioxidante natural, graças aos diterpenos fenólicos, auxiliando na inibição da peroxidação lipídica da membrana das células e da atividade dos radicais livres. Dessa maneira, está associada à preservação da pele e dos cabelos.

Ainda tende a ser empregada com finalidades: energética, tonificante, fortalecedora do couro cabeludo e estimulante do crescimento capilar; e para agir contra caspa seborreica e excesso de oleosidade nos cabelos.

Há quem recorra ao vegetal para tratar asma, bronquite, enxaqueca e, também, na intenção de limpar o fígado após abusos no consumo de bebidas alcoólicas; combater gases intestinais, dor reumática, tosse, gripe, tensão nervosa, catarro, e restabelecer o fluxo menstrual.


Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.

Um detalhe importante é que a Rosmaninho é confundida frequentemente com o alecrim por causa do nome científico dele: Rosmarinus officinalis.

E mais: no Brasil, a Rosmaninho (Lavandula stoechas) ocorre em cinco espécies diferentes. São elas: Lavandula pendunculata, Lavandula luisieri, L. viridis, Lavandula latifólia e Lavandula multifida. Entre os portugueses, elas são conhecidas como as alfazemas de Portugal.

As propriedades da Lavandula stoechas são estudadas há muito tempo, tanto no campo da medicina natural quanto na gastronomia.

Acredita-se que os egípcios apreciavam muito seu óleo essencial devido suas ações curativas. E que, no ano 500 a.C., a planta já fazia parte da alimentação de romanos e gregos, sendo que estes últimos usavam a Rosmaninho no cabelo porque acreditavam que isso estimularia a memória, favorecendo os estudos.

Falando ainda sobre o óleo essencial de Rosmaninho, ele fornece uma boa quantidade de canfeno, pineno e cíneno – o que faz dele um antisséptico natural considerado excelente.

A Rosmaninho mede de 20 a 40 centímetros de altura. Rústica, não requer cuidados especiais, como muita água e nutrientes; cresce espontaneamente até em solos pobres. Atualmente, grande parte da produção da espécie vem da Espanha, França e Marrocos.

Planta arbustiva de pequeno porte, possui caule direito em formato ascendente ou prostrado; folhas estreitas e inteiras em tonalidade verde acinzentada e flores compostas em tipo de espiga.

As flores de Rosmaninho chamam atenção pela delicada beleza com toques de branco e roxo, e pelo aroma semelhante ao da alfazema.

Rosmaninho: preparo e contraindicações

A Rosmaninho é contraindicada para gestantes e pessoas que sofrem de úlceras gástricas. Ingerida em excesso, a planta pode causar sonolência.

Na internet, há várias maneiras de preparar o chá de Rosmaninho. Uma delas é a seguinte: colocando 2 colheres (sopa) da erva em 1 litro de água para alcançar fervura.

Ao atingir o ponto, você deve desligar o fogo e deixar a mistura tampada em repouso por cerca de 10 minutos. Depois, basta coar e, se preferir, adoçar com mel.

Enfim, fica a dica de uma planta apreciada desde os tempos mais remotos, cheia de propriedades terapêuticas. Consulte um especialista e saiba como aproveitar todas elas!

Até breve…

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