Violeta: bonita, comestível e medicinal; saiba mais aqui

A Violeta é considerada símbolo de inocência e modéstia. Mas você sabia que, além da perfumaria, essa bela planta é ingrediente culinário e item da farmacopeia homeopática? Vem descobrir comigo agora todos os segredos dessa flor!

Segundo a mitologia grega, Zeus amou uma mulher de nome Ione (Viola). A esposa dele, Hera, com ciúme, transformou Ione em uma novilha. Então, Zeus criou a flor para o animal ter algo agradável por perto ao pastar.

Lendas à parte, o fato é que o chá das folhas de Violeta já foi utilizado como laxante moderado e remédio caseiro contra irritações e inflamações na garganta, língua, peito, pulmões e pele. E mais: a espécie chegou a ser usada há muito tempo até para tratar câncer de pulmão e mama.

Muito cultivada antigamente, a Violeta é mais rara hoje, sendo seu uso medicinal mais voltado a tratamentos contra tosse, catarro e bronquite. Seu chá é empregado ainda, na medicina popular, como laxante moderado, além de servir para inflamações, como eu citei acima.

Na cozinha, serve de ingrediente para saladas caprichadas e belas, seja com suas flores ou folhas. Um recurso bastante empregado por chefes de cozinha para dar um toque diferenciado aos pratos.

Viola odorata é seu nome científico. Mas a planta é chamada também de violeta perfumada, violeta de cheiro, violeta comum, violeta inglesa, violeta de jardim, violeta doce, viola, common violet (inglês), viola roxa, entre outros apelidos.

Pertencente à família Violaceae, a Viola odorata traz em sua composição eugenol, alfa-ionona, ácido ferúlico, rutina, beta-sitosterol, ácido málico, salicilato de metila, vanilina, ácido palmítico, beta-ionona, escopoletina, kaempferol e quercetina.


Estes compostos e suas propriedades curativas são encontrados nas folhas e flores, e são aproveitados na homeopatia em formulações diversas para tratamentos variados. Por exemplo: dor de garganta, febre, bronquite, rouquidão e tuberculose.

Violeta: diversos usos e precauções

A Violeta é usada como remédio natural ainda para combater esgotamento físico e mental, sintomas da depressão, tensão nervosa, histeria; menopausa, dores abdominais, gases intestinais, azia, perda de apetite, inchaço; dor de cabeça, insônia e doenças de pele.

Uma parte dos benefícios medicinais é atribuída à propriedade béquica de suas flores. Flores estas que, para alguns, podem prevenir vertigens, dor de cabeça e ressaca inclusive com uma guirlanda delas ao redor da cabeça.

Há quem recorra à Violeta para criar compressas ou cataplasmas destinados ao uso tópico no tratamento de cistos na pele. A planta também pode ser aplicada na parte de trás do pescoço, com ajuda de um pano embebido em seu chá, para amenizar dor de cabeça.

Outra forma de uso é uma espécie de mingau para calos e verrugas ou na intenção de reduzir o desconforto de irritações na pele. O gargarejo de seu chá, por sua, vez, tende a ser aproveitado contra dor de garganta e inflamações da mucosa da boca.

Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.

Aviso: somente flores e folhas de Violeta são utilizadas medicinalmente. Elas também são comestíveis, contudo, em geral, apenas profissionais da culinária costumam utilizar a planta para tal finalidade.

É que, dependendo da quantidade, a ingestão das folhas pode causar enjoos. O que ocorre devido à ação irritante das saponinas no aparelho digestivo. A raiz de Violeta não deve ser consumida, uma vez que contém substâncias tóxicas que tendem a provocar vômito e diarreia.

Beleza, alimento e remédio natural. Neste post, você viu que a Violeta, com certeza, tem tudo para não passar despercebida – e nem deve, não é mesmo?

Até a próxima!

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