Murta: óleo é indicado para cuidados com a pele, e tem mais!

Murta é uma flor branquinha e aromática. Só que existe uma grande variedade com esse nome, e a população muitas vezes recorre a ela para tratar doenças sem um bom critério de escolha. Hoje, vou esclarecer um pouco deste e  outros segredos do vegetal do qual é extraído um óleo com poderes anti-inflamatório e expectorante. Vamos lá!

A murta comum é chamada, na Europa, de Myrtus communis, sendo o cultivo e uso desta proibido no Brasil. Nossa Murta, digamos assim, a que é liberada por aqui, recebe o nome de Blepharocalyx salicifolius.

No entanto, a história não termina aí, ou seja, está apenas começando, uma vez que, no solo brasileiro, ocorrem no mínimo 7 espécies nativas, conhecidas comumente como Murta e que são gêneros botânicos muito deferentes entre si.

Sem falar que existem ainda no país outras que chegam perto dos tipos mediterrâneos (gêneros Myrciaria, Myrcia e Mouriri). Alguns exemplos:

  • Acosmium lentiscifolium
  • Chrysophyllum inornatum
  • Coutarea hexandra
  • Curitiba prismatica
  • Muriri ou Murta-de-parida
  • Murta-do-campo
  • Myrcia lanceolata
  • Pimenta pseudocaryophyllus
  • Sebastiania jacobinensis

Portanto, se alguém disser, por exemplo, para você tomar um chá de Murta, é importante saber direitinho de qual se trata e qual o objetivo pretendido com a bebida. A dica vale para o tema deste post e outras ervas, pois a nomenclatura às vezes torna a escolha difícil.

Não é porque uma planta tem o mesmo nome que ela servirá para os mesmos problemas. Destacando também que há possibilidade de uma pessoa ser mais sensível a um remédio do que outra, inclusive se ele for natural.

Então, como você pode notar, o assunto é complexo, e pode até causar certa confusão ao pensar quais os possíveis efeitos medicinais da Murta. Por isso, vou considerar aqui a murta comum brasileira, a Blepharocalyx salicifolius da família das Myrtaceae, ok?


Murta Blepharocalyx salicifolius: propriedades, usos e precauções

Ela é conhecida também como cascarilla, cambuim, maria-preta, piúna, horco molle, arrayán, anacahuita, mojino e uiquillo. Na medicina popular, seu aproveitamento inclui cozimento de suas folhas para banho de assento ou chá (uso interno). Geralmente, estes dois preparos – não necessariamente juntos – são utilizados em casos como uretrite, diarreia, cistite e leucorreia.

Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e tratamentos médicos. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento. A automedicação, ainda que com plantas, pode ser perigosa.

Trata-se de uma espécie latino-americana, utilizada há bastante tempo por populações indígenas e da qual é obtido um óleo essencial empregado como expectorante. O produto é extraído de suas folhas frescas, raízes e cascas; possui aroma fresco e adocicado, e é usado inclusive na fabricação de sabão e perfumes naturais.

A família da Murta abrange o eucalipto. Por essa razão, suas folhas e flores exalam um cheiro “brilhante”. Uma característica que fez com que o interesse pela pequena planta fosse aumentando, indo além da cosmética.

Existem cerca de 42 princípios ativos nesta Murta. Os principais são linalool, 1,8-cineole e b-caryophyllene. As propriedades curativas atribuídas a Blepharocalyx salicifolius são as seguintes: adstringente; antibacteriana; antiespasmódica; antileucorreica; antisséptica; digestiva; expectorante.

Enquanto anti-inflamatório, o óleo de Murta seria indicado para aliviar a vermelhidão, inchaço ou coceira na pele. E, ainda, para amenizar o desconforto de articulações doloridas devido a artrite ou agir como antimicrobiano, protegendo feridas de infecções.

Há quem recorra ao óleo de Murta para ter uma boa noite de sono, aplicando um pouco do produto diluído nas têmporas. Acredita-se que ele favorece o relaxamento porque é capaz de agir em nosso sistema nervoso central.

É ótimo poder contar com remédios naturais e mais baratos para manter a saúde em dia, resolver algum incômodo, não é mesmo? Melhor ainda é fazer isso com segurança, sabendo o que está passando na pele ou ingerindo, na quantidade ideal e com orientação de um especialista.

Lembre-se: a diferença entre veneno e remédio é a dose!

Cuide-se!

Até breve…

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