Feijão Guandu: sabor forte, proteína, vitamina e muito mais!

Feijão Guandu, feijão andu ou apenas guandu é uma leguminosa muitas vezes cultivada nos quintais que serve tanto para o consumo humano quanto de pequenos animais. Mas existe uma certa resistência no Brasil em relação a nossa alimentação com ele.

Fonte de proteína e vitamina A, o Feijão Guandu tem gosto forte e outras características que você pode conhecer a partir de agora… Vamos lá!

Essa planta arbustiva chega até três metros de altura é comum em estados brasileiros como Piauí e Maranhão, onde seus grãos são voltados especialmente para produção de feno/forragem, além de adubo verde para recuperação do solo.

Seu nome científico é Cajanus cajan. Mas, popularmente, é famosa como guandu ou andu, uma espécie cultivada há muito tempo em localidades semiáridas, graças a sua capacidade de crescer bem onde outras culturas não vingam, em solos com pouca chuva.

No entanto, se o solo é duro demais para ser trabalhado, é raso e fraco, é preciso escolher bem o tipo de guandu a ser plantado. Neste contexto, a recomendação é o Feijão Guandu Petrolina, uma variedade ideal para condições severas, tais como as estiagens prolongadas.

E se o tipo Petrolina produz em menor tempo até onde a terra é mais dura, quando ela é melhor e recebe mais chuva, então, seu rendimento é mais expressivo.

Para você ter uma noção, a produtividade dele é de, aproximadamente, 555 kg por hectare em situações extremas, podendo chegar a mais de 900 kg por hectare se a quantidade de chuva é boa.


Em geral, o Feijão Guandu alimenta tanto quanto o comum ou o feijão-de-corda. Porém, como sua digestão é fácil, há quem reclame de sentir fome em pouco tempo após seu consumo, mesmo comendo quantidade suficiente para ter saciedade.

Os grãos do feijão andu fornecem 21% de proteína. Ainda verdes, possuem valor nutricional maior do que o da ervilha – e cinco vezes mais vitamina A. Lembrando que esta é importante para a saúde da visão.

Feijão Guandu: dicas de preparo

Algumas pessoas estranham o gosto do Feijão Guandu na primeira vez que provam seus grãos, uma vez que associam o gosto dele a “mato”. Contudo, a persistência e um truque pré-cozimento podem ajudam a rever o conceito.

Um dos segredos é ferver o guandu e jogar fora a primeira água. Assim, os grãos perdem o toque amargo natural que incomoda muita gente. Afinal, não estou falando de um feijão suave, mas de um produto do agreste, de personalidade forte.

Isto é, o Feijão Guandu não fica bem apenas refogado no alho; requer temperos como pimentões, pimentas, coentro, cominho, ervas etc. Não é por acaso que essa planta extremamente rústica resiste, permanece verde durante a seca…

Outra curiosidade sobre o andu é sua função de excelente fixador de nitrogênio do solo, além de possuir raízes que entram profundamente solo duro à procura de água. Com isso, abrem espaço para as demais plantas.

É o que acontece, por exemplo, com as raízes mais delicadas do milho, que aproveitam as características do guandu, um verdadeiro “arado biológico”.

Diz-se que o Cajanus cajan chegou ao Brasil pelos mercadores de escravos, trazido da Índia, sendo sua ascendência completa a família Fabaceae, subfamília Faboideae.

Na Índia, à proposito, seus grãos pelados (split pigeon pea) são aproveitados em dhals e outros pratos vegetarianos. Já em Porto Rico, uma das delícias preparadas com Feijão Guandu é o Arroz con Gandules – uma receita bastante popular que inclui ainda alho, louro, cebola e carne de porco.

Diferentemente de outros feijões, por aqui, a planta é utilizada na recuperação de solos e florestas. Ainda há um certo preconceito em relação ao guandu na alimentação humana. Porém, seus grãos são boas fontes de proteína vegetal, comparáveis a outras leguminosas.

E você, já ouviu falar ou provou do Feijão Guandu? Deixe seu comentário!

Até a próxima…

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