Beldroega, do remédio natural à culinária; conheça a planta

Laxativa, diurética e anti-inflamatória são algumas das diversas propriedades medicinais atribuídas à Beldroega, uma planta confundida com erva daninha. Mas ela também é usada na culinária. Saiba mais lendo os próximos parágrafos!

Em 100 g de Beldroega, são encontrados até 350 mg de ômega-3 (ácido linoleico). Por isso, a planta é considerada ótima fonte deste nutriente, sendo indicada para auxiliar no tratamento de problemas cardiovasculares. Ela age na manutenção do balanço do colesterol total.

As folhas de Beldroega, portanto, trazem uma espécie de gordura boa, que atua como anti-inflamatório em nosso corpo, favorecendo o sistema imunológico, auxiliando no controle dos níveis de colesterol no sangue. Ainda ajuda a diminuir dores, principalmente de cabeça e da artrite.

O vegetal é rico em sais minerais e vitaminas (A, B e C), fornecendo propriedades anti-hemorrágica, antiglicêmica, analgésica e purificante, além da diurética.

Na medicina caseira, a planta é usada para combater vômito, diarreia e hemorroidas. E mais: seu emplastro com folhas frescas costuma ser empregado no alívio de acne e picadas de insetos – justamente por causa das ações anti-inflamatória e purificante tópica.

A Beldroega não precisa de condições especiais para crescer; surge em praticamente todo tipo de solo, sem exigir muita água ou luz. Como se não bastasse ser medicinal, ela pode ser usada em sopas, guisados, saladas, refogando pratos e outros vegetais com azeite.

Em países europeus, por exemplo, a Portulaca oleracea (nome oficial), é muito mais do que um “mato”. Ela serve de alimento!


No Brasil, alguns de seus usos terapêuticos já consagrados popularmente incluem a prevenção de males como anemia e osteoporose, uma vez que ela é fonte de cálcio, potássio, ferro e magnésio, entre outros minerais. Eles contribuem ainda com o bom humor, a contração e a força musculares.

Pensa que acabou? Não! Portulaca oleracea é fonte de antioxidantes. O que faz dela uma aliada de nossa imunidade. Graças à presença de vitaminas A e C, o organismo pode ficar mais preparado para prevenir resfriados, infecções e até câncer.

Estes nutrientes possuem a missão também de diminuir a criação de placas de gordura nas paredes das artérias, colaborando com a saúde do coração.

Na função diurética, a Beldroega é associada à proteção dos rins, ajudando a inibir infecções no aparelho urinário e males na bexiga.

Em solo brasileiro, encontramos a Beldroega nas calçadas, cantos de muros, terrenos baldios, quintais; não importa se há sombra, pedras, areia, a Beldroega está lá. E muitos não sabem de seu potencial medicinal.

Atenção: este post tem função de informar. Não substitui consulta e prescrições médicas. Plantas medicinais podem ter contraindicações e interações medicamentosas. Consulte sempre um naturopata ou fitoterapeuta e seu médico antes de começar qualquer tratamento.

Beldroega: características e dicas

Beldroega é uma planta rasteira, suculenta, com folhas ovais carnudas e pequenas em cor verde brilhante. Já os caules apresentam tom roxo amarronzado, e formam ramos pelo chão, trazendo flores miúdas amarelas.

Selvagem, é encontrada em países de clima temperado/quente. Acredita-se que é originária da Ásia, onde suas propriedades alimentares e curativas são utilizadas há milênios.

Em Portugal, a Beldroega é o ingrediente principal de uma sopa, entre outros pratos da culinária camponesa. E tudo indica que, por aqui, os negros escravos já conheciam bem a planta, que recebeu o nome caaponga – em tupi, “salada de negro”.

Na cozinha, todas as partes aéreas da Beldroega podem ser aproveitadas cruas ou cozidas. Ricas em mucilagem, suas folhas possuem gosto levemente ácido e salgado. Elas combinam com saladas variadas, incluindo pepino e tomate cereja.

Também é possível criar receitas mais elaboradas com a planta, até mesmo molhos para massas. Outra dica é usar a Beldroega em refogados, substituindo o espinafre.

E você, já experimentou a Beldroega em algum prato ou remédio natural?

Até breve…

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